Guido Mantega é preso pela PF acusado por Eike Batista de pedir R$ 5 milhões para PT

A Polícia Federal deflagrou, esta quinta-feira (22/09), a 34ª fase da Operação Lava Jato, coordenada pelo Delegado Federal Márcio Anselmo. A Operação Arquivo X prendeu temporariamente o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, noticiou o jornal Estadão, esta quinta-feira (22/09). 

Alvo de busca e apreensão, Mantega não foi encontrado em casa, mas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde acompanhava a mulher em uma cirurgia. Segundo a Polícia Federal, o ex-ministro se entregou espontaneamente na portaria do hospital. A reportagem afirma que Eike Batista declarou que, em 1º de novembro de 2012, recebeu pedido do ex-ministro para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, no interesse do PT. 

Mantega é suspeito de atuar para arrecadar propinas para o PT em 2012 em contratos de duas plataformas, P67 e P70. Nesta fase da operação, a Polícia Federal investiga fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção das plataformas para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas FSPO´s (Floating Storage Offloanding).

São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Mantega já é investigado por outra operação da Polícia Federal, a Zelotes, na qual é suspeito de ter indicado um conselheiro para um órgão da Receita Federal que, por sua vez, beneficiou empresa da qual teria recebido propina. Em maio, ele foi alvo de condução coercitiva. 

O nome “Arquivo X” dado à investigação policial é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial. 

A operação cumpre hoje mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal. Os policiais estão cumprindo 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, 08 mandados de prisão temporária e 08 mandados de condução coercitiva. 

Leia a íntegra da matéria do jornal Estadão: http://zip.net/bjts1G