Ike Turner, ex-marido de Tina Turner, morre aos 76 anos

A edição digital da revista especializada em famosos “tmz.com” afirma que Ike, que formou uma dupla musical durante anos com Tina Turner, foi encontrado hoje sem vida em sua casa em San Marcos, Califórnia.
As fontes consultadas pela publicação disseram que Ike morreu enquanto dormia.
O músico nasceu em Clarksdale (Mississípi) em 5 de novembro de 1931. Aprendeu a tocar piano aos 5 anos e começou sua carreira musical com apenas 11, ao acompanhar com esse instrumento os músicos Sonny Boy Williamson e Robert Knighthawk.
Depois, participou ao piano do disco de Jackie Brensten “Rocket 88”, de 1951, considerado freqüentemente como um dos primeiros discos de rock and roll.
Apesar de ter sido considerado um dos pais desse estilo musical, como diz seu site pessoal na Internet, sua figura se tornou polêmica quando foram divulgados os maus tratos, físicos e psicológicos, aos quais submeteu Tina Turner, sua ex-mulher, a quem conheceu aos 17 anos num clube de Saint Louis (Missouri).
Tina Turner, cujo nome real é Annie Mae Bullock, se casou com Ike no final da década de 1950 e ambos formaram a dupla Ike and Tina.
Em 1976 se separaram afetiva e artisticamente devido aos maus tratos de Ike, um lado que Hollywood retratou no filme autobiográfico “Tina – A Verdadeira História de Tina Turner” (1993).
Nele, o ator norte-americano Laurence Fishburne encarnou um violento Ike Turner também afetado pelo consumo de entorpecentes.
Em 1978 se divorciaram e a cantora ficou com a custódia dos três filhos do casal, concebidos em relações anteriores (dois dele e um dela).
Ike e Tina, que iniciaram sua carreira de sucessos com “A Fool In Love”, gravaram: “River Deep, Mountain High” (1966), “Proud Mary” (1970), “Blues Roots” (1972), “Nutbush City Limits” (1973) e “The Gospel According to Ike and Tina” (1974), entre outros.
Além disso, realizaram grandes turnês pela Europa, Japão e África, e, em 1968, abriram um show dos Rolling Stones.
Ike entrou para o museu da fama do rocknroll, com a ex-mulher, em 1991, e dez anos mais tarde entrou para o museu da fama de Saint Louis.
A imagem deteriorada de Ike Turner melhorou um pouco na última etapa de sua vida, quando voltou aos palcos com sua banda The Kings of Rhythm, que colheu elogios da imprensa especializada.
Além disso, colaborou na trilha sonora de um episódio da série “Família Soprano” e dos filmes “Kill Bill” e “Janis e John”.
Na última edição da festa dos prêmios Grammy, em 2007, Ike Turner ganhou o prêmio na categoria de melhor álbum de blues, por “Risin With the Blues”.