Incerteza quanto à permanência do atual diretor-geral gera preocupações
O novo ministro da justiça, Torquato Jardim, não participará mais da posse do novo superintende estadual no Rio Grande do Sul com o Diretor-Geral da Polícia Federal Leandro Daiello. De acordo com o Diário de Pernambuco (02/06), o pedido para não acompanhar Daiello partiu de Michel Temer e a incerteza quanto à permanência do atual diretor-geral causa preocupações.
Para o presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, é importante que as escolhas da classe sejam respeitadas em caso de troca. Os Delegados Federais escolherem, a partir da votação por lista tríplice, indicar a Erika Marena para próxima diretora-geral.
“Desde o ano passado, havia conversas de que haveria uma troca do diretor-geral e a categoria se preparou para evitar que uma troca parasse as investigações. Na época, foram indicados três colegas e a escolhida foi a delegada Erika Marena. Os Delegados Federais mantêm essa indicação. Se for trocar, que troque pela delegada Érica, apontada pela categoria em lista tríplice. Ela integrou a coordenação da Lava-Jato”, defendeu Delegado Federal.
O deputado Delegado Fernando Francischini (SD/PR), um dos principais interlocutores da PF junto ao governo federal destaca que “os acenos que temos recebidos são de um pedido de trégua e espera, após o impacto negativo gerado pela escolha do novo ministro para o cargo. O discurso de posse e a entrevista dada pelo novo ministro foram bons, ao deixar claro que a Lava-Jato é uma questão de Estado, não de governo”, destacou ele.
Daiello está no cargo desde janeiro de 2011. Por diversas vezes, ensaiou deixar o posto, tanto no governo Dilma Rousseff quanto no início da gestão Michel Temer. Sempre foi contido pelos titulares da Justiça, justamente por ser uma área extremamente sensível.
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