Inteligência contra o crime
Em sete meses, o terceiro andar da sede da superintendência da Polícia Federal (PF) do Rio será uma espécie de fortaleza digital contra o crime organizado. Em área de mil metros quadrados, 30 salas com 200 computadores, softwares de última geração e representantes das agências de segurança pública e de inteligência governamentais formarão a cúpula do Centro de Inteligência Policial Compartilhada de Combate ao Crime Organizado (Cicor). O investimento previsto é de R$ 9 milhões.
A intenção é aumentar a produção de informação sobre as quadrilhas e se antecipar a possíveis ataques planejados pelas facções criminosas. Segundo o superintendente, Valdinho Jacinto Caetano, serão convidados representantes das polícias Civil e Militar, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Forças Armadas, Corpo de Bombeiros, além do Ministério Público e do Poder Judiciário. O objetivo é facilitar o intercâmbio de informações, acelerando as decisões dos órgãos envolvidos.
Integração
O Cicor tornará efetiva a integração das forças de segurança. Normalmente, quando temos informação sobre um crime, avisamos ao secretário de Segurança. O trâmite gasta tempo. Com um representante de cada órgão no mesmo espaço físico, as decisões serão rápidas e precisas, afirmou Caetano.
O aparato de inteligência ficará sob responsabilidade de um delegado a ser designado por Caetano. Ele, que desmente os boatos sobre sua saída da Superintendência da PF do Rio, tem outros projetos em andamento. Uma nova subestação de energia elétrica já está sendo implantada e fica pronta até o fim de abril.
Quatro novos elevadores começam a funcionar em maio. Os corredores do prédio ganharão pisos, pintura, janelas e portas em março. No mesmo mês termina a restauração do auditório. Apesar do imóvel ser tombado, fachada e calçadas serão reformadas. A obra foi autorizada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultutal (Inepac).