Jobim quer mudar “mapa aéreo” e critica “duopólio”
“Temos um sistema de duopólio, e não há regra legal sobre a abusividade de tarifas”, afirmou o ministro em seminário sobre o setor. As companhias TAM e Gol concentram cerca de 90% do mercado no país.
Jobim ressaltou que, com a nova malha aérea, haverá espaço para o surgimento ou fortalecimento de companhias regionais.
Depois da tragédia com o Airbus A320 da TAM, em São Paulo, que vitimou 199 pessoas, o governo anunciou medidas reduzindo pousos e decolagens no aeroporto de Congonhas. A meta é transferir 151 vôos, desafogando o aeroporto. Parte dos vôos será transferida para o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, que terá uma das pistas reformada nas madrugadas, o que pode limitar o número de pousos e decolagens adicionais.
Na reorganização da malha aérea, o ministro informou que o aeroporto de Brasília vai distribuir vôos para o Norte e o Nordeste; o de Confins, em Belo Horizonte, para o Nordeste; e o de Curitiba, para a região Sul.
Segundo Jobim, após “apagar o incêndio” do setor aéreo, o Ministério fará um planejamento de 30 anos “para que não tenhamos sempre que correr atrás do crescimento”. Ele afirmou que, ao tomar posse na semana passada, procurou no Ministério e na Anac projeções de expansão do setor e não as encontrou.