Jornada de Investigação Criminal se consolida o maior congresso do segmento na América Latina
A Segunda Jornada Internacional de Investigação Criminal, que aconteceu entre os dias 1º e 2 de setembro, em Gramados (RS), recebeu 1450 inscritos para debater aspectos práticos da justiça criminal. O Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Dr. Carlos Eduardo Sobral, foi um dos palestrantes do evento e recebeu uma homenagem em nome da entidade.
O encontro, realizado pela The Perfect Link Forensies, teve o apoio da ADPF e se consolidou como maior congresso de investigação criminal da América Latina. Além de Sobral, a comissão científica do evento contou com os Delegados Federais Dr. Emerson Wendt, Dr. Luciano Flores de Lima e o Dr. Márcio Adriano Anselmo.
O diretor do evento, Fernando de Pinho Barreira, afirma que o objetivo da jornada é levar à opinião pública o ponto de vista da persecução penal de forma que se possa entender o conceito de justiça criminal aplicado na prática.
“Esse é o primeiro evento somente sobre persecução penal e investigação criminal do país. O propósito é reunir lideranças da área de segurança pública e investigação criminal, não somente em termos técnicos, mas pessoas que tem poder de decisão nesses segmentos e tenham conhecimento científico”, ressalta o CEO da The Perfect Link Forensies.
Durante os dois dias de programação foram realizados 13 painéis, onde 19 palestrantes discutiram temas como: A recuperação de ativos desviados pela atividade criminosa; O combate à drogas – persecução e legalização e; O Papel do Delegado de polícia na colaboração premiada.
O Presidente da ADPF foi o convidado do 10º painel, com o tema “Autonomia das polícias judiciárias”. Os Delegados Federais Dr. Luciano Flores de Lima, Dr. Márcio Adriano Anselmo, Dr. Eugênio Coutinho Ricas e Dr. Ricardo Andrade Saadi também participaram do evento.
Sobral defendeu a necessidade de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 412/2009 e o fortalecimento das instituições de segurança pública, em especial a Polícia Federal.
“É importante a realização de eventos como a Jornada para discutir a investigação criminal, mas sabemos que o combate ao crime organizado e à corrupção depende necessariamente de uma boa colheita de provas, o que é feita durante o inquérito policial. Tivemos a oportunidade de demonstrar a importância da autonomia da Polícia Federal e da Polícia Judiciária Civil para que essas instituições não corram o risco de interferências políticas que possam atrapalhar o andamento das investigações”, disse Sobral.
O Juiz Federal Sérgio Moro, bem como adidos policiais representando Itália, Suíça e EUA, promotores, procuradores, delegados de polícia civil e peritos criminais compuseram as mesas de debates e palestras.
Próxima edição
Com inscrições esgotadas três meses antes da data e retorno positivo quanto à infraestrutura e realização do evento, o diretor da II Jornada Internacional de Investigação Criminal avaliou positivamente a evolução quanto a primeira edição e prevê inovações em 2018.
“No próximo ano não vai haver credenciamento físico. O inscrito vai receber o QR Code de credenciamento para ingresso no evento e a entrega de certificados será digital. A previsão é que aconteça em setembro, também em Gramado, onde além dos dois dias de palestras de excelência haverá um fórum fechado para discussões especializadas e restritas com as lideranças de segurança pública”, explicou Barreira.