Justiça solta acusado da “fraude do selo”

O diretor administrativo afastado da Assembléia, Ubirajara Amaral Macalão, deixou ontem, às 17h, o 3º Batalhão da Polícia do Exército após mais de um mês detido. Ele estava preso acusado de receber propina da empresa que realiza a limpeza do Parlamento. Macalão, principal suspeito de envolvimento com a fraude do selo, recebeu do juiz da 2ª Vara Criminal do Fórum Central de Porto Alegre, Alex Gonzalez Custódio, a revogação da detenção preventiva no início da tarde.

O pedido de habeas corpus havia sido negado segunda-feira quando ele e mais três envolvidos no esquema prestaram depoimento. Porém, pela manhã, as advogadas Maria Elisa Moraes e Cordélia Besouchet reapresentaram a solicitação de soltura. A argumentação utilizada pela defesa foi que o acusado já havia prestado depoimento e esclarecido todas as dúvidas sobre o caso, não havendo, assim, a necessidade de permanecer preso.

O diretor afastado ficará na residência de familiares por tempo indeterminado. As advogadas ressaltaram ainda que a prioridade dele é recuperar o seu estado de saúde. Antes de ir para o 3º Batalhão, Macalão ficou detido no Presídio Central. A prisão preventiva foi solicitada pelo Ministério Público Estadual.

Além disso, a Polícia Federal indiciou ontem mais um acusado por suposto envolvimento com a fraude do selo. Francisco Morelli é médico da Assembléia e teria participado do esquema que desviou R$ 3,3 milhões do Legislativo desde 2001.