Lava Jato abre inquérito para corrupção no Comperj
A Operação Lava Jato abriu novo inquérito, instaurado no dia 12 de setembro, pelo Delegado Federal Luciano Menin, para investigar corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, noticiou o jornal Estadão, esta quinta-feira (22/09).
A investigação busca aprofundar dados sobre o montante de propinas pagas nos contratos, citadas nas delações premiadas de quatros condenados – o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, seu ex-funcionário Walmir Santana, o lobista Julio Camargo e o doleiro Alberto Youssef.
No inquérito, o Delegado Federal Luciano Menin explica que “por volta do ano de 2010, empresas formadoras do denominado Consórcio TUC (UTC Engenharia, Construtora Norberto Odebrecht e PPI-Toyo), envolvidas em esquema organizado de cartelização, foram contratadas pela Petrobrás para realização de obra no Comperj, sendo responsáveis pelo repasse de vantagens ilícitas a diretores da estatal e intermediários”.
De acordo com o jornal Estadão, em depoimento, Walmir Santana declarou à polícia que o dinheiro desviado das obras do Complexo Petroquímico foi repassado para José de Filippi, ex-tesoureiro das campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e Dilma em 2010, e também para o ex-ministro José Dirceu (R$ 1,69 milhão), além de R$ 1,8 milhão para campanhas do PT nas eleições municipais.
Durante as investigações da Lava Jato, a Polícia Federal apreendeu lista de torneio de bingo com divisão de obras no Comperj. O chamado “clube” das empreiteiras criou, segundo os documentos, o “Bingo Fluminense”. São tabelas em que pelo menos 16 empresas – todas alvos da Lava Jato – fatiaram entre elas as obras da unidade, por itens contratuais.
Leia a íntegra da matéria do jornal Estadão: http://zip.net/bwtsxt