Livro registra história dos Delegados Federais e da ADPF
Quando surgiu a figura do Delegado Federal na história do Brasil? Como se viabilizou as grandes operações da Polícia Federal contra o crime organizado e a corrupção? Quem foi o primeiro presidente da República a comparecer a uma cerimônia de formatura da Academia Nacional de Polícia? Como foi criado o logo da ADPF, que hoje os Delegados Federais empunham em suas lapelas e servem como cartão de visitas nas principais repartições públicas do país?
Estes e muitos outros relatos e curiosidades foram compilados no livro “40 Anos de Histórias e Conquistas dos Delegados Federais”. Com 168 páginas e tiragem de 400 exemplares, a publicação foi produzida pela ADPF e distribuída aos associados presentes no VII CNDPF, em Florianópolis.
O livro tem como objetivo registrar a atuação da ADPF em momentos importantes da constituição da própria história do país. E isto é feito por meio do mergulho histórico que vai desde a chegada da família real portuguesa no Brasil, passando pela formação da Polícia Federal, até chegar em conquistas recentes da Associação e dos Delegados Federais.
A publicação recebeu o prefácio do renomado jurista Ives Gandra da Silva Martins. “Dom João VI organizou um Estado com poderes e instituições. Uma delas foi aquela que constituiu a semente da Polícia, que, como o livro bem demonstra, teve evolução e aperfeiçoamento institucional, ao ponto de o segmento federal apresentar hoje uma das instituições mais respeitadas do país, ao lado das Forças Armadas e das Igrejas Católicas e Evangélicas”, destaca Ives Gandra.
Além do passeio histórico que conta o surgimento da Polícia Federal, o livro relata como se deu a criação da ADPF e aponta conquistas obtidas pelos Delegados Federais nas últimas quatro décadas. Entre elas, estão a aprovação das leis 12.830/13 (que ratifica a condição de Autoridade Jurídica com exclusivo poder de condução das investigações criminais dentro da PF e traz a inamovibilidade para um texto de lei), 12.850/13 (Lei de Combate ao Crime Organizado) e 13.047/14 (que reafirma o acesso à carreira de Delegado exclusivamente por concurso público e estabelece que o Diretor-Geral da PF seja um Delegado de carreira).
O livro também relaciona outros marcos, como o Caderno de Enunciados, a Carta de Prerrogativas e as campanhas pela valorização do Delegado Federal, contra o desmonte da PF e, mais recentemente, pela autonomia da instituição. “A valorização do Delegado Federal e a defesa da PF são lutas permanentes”, afirma o presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral. “Este livro é uma homenagem a todos os Delegados Federais, de hoje, de ontem e de amanhã, pois nossas vitórias não seriam possíveis sem a participação de todos os nossos associados, ativos e inativos, que constroem as decisões que balizam as ações da ADPF”.