Máfia agia em três estados
Uma megaoperação da Polícia Civil do Rio de Janeiro desbaratou na última semana uma quadrilha que falsificava bebidas e atuava em três estados. Garrafas de uísque, vodca, champanhe eram vendidas em festas, bares e restaurantes.
Wilson Alves da Silva Junior, vendedor e distribuidor dos produtos falsos no Rio, e Ivan Maragon de Oliveira, fabricante que recebe o pagamento em shopping, tiveram seu encontro filmado pela polícia, que investigou a quadrilha ao longo dos últimos dez meses.
A máfia dos falsificadores atuava no Rio, em São Paulo e no Paraná. Mas os policiais acreditam que milhares de litros da bebida adulterada chegavam a quase todo o país.
Os policiais descobriram que a bebida falsa da quadrilha foi parar até no sofisticado Festival de Cinema do Rio.
A falsificação envolve até o uso de metanol, um contaminante que pode levar da cegueira à morte. A quadrilha operava com uma rede de fornecedores que garantia todo o processo de falsificação – embalagens, rótulos, lacres e até os selos de imposto da Receita Federal.
Na madrugada de quinta-feira (11), policiais em diversos estados e em varias cidades iniciaram a Operação Bico Doce, para acabar com a falsificação de bebidas de luxo em todo o país.
No estado de São Paulo, segundo a polícia, a quadrilha tinha uma fábrica em Americana, a pouco mais de cem quilômetros da capital, operada por Maurício de Carvalho, que negou sua culpa. Em Jundiaí, também no interior de São Paulo, a polícia prendeu outro chefe da máfia dos falsificadores, Bráulio Nogueira Neto, que já havia sido preso anteriormente. Ele também negou ser dono das bebidas.
Ao todo, os sete chefões da máfia dos falsificadores foram presos. Eles vão ser processados por crimes contra a saúde pública e por formação de quadrilha. A pena pra cada um pode chegar a 28 anos de prisão.
Fonte: G1