Manifestações contra Lula preocupam Planalto
Diante de ministros da coordenação política, no Planalto, afirmou que irá ao Rio Grande do Sul e ao Paraná por volta de 14 de agosto, quando retornar de seu périplo pelo México e por quatro países da América Central.
Na tentativa de evitar mais dissabores para Lula, como novas vaias, sua assessoria havia cancelado viagens que faria a Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina logo após a tragédia com o Airbus da TAM no Aeroporto de Congonhas, dia 17.
Ninguém vai me emparedar, afirmou Lula, na reunião de ontem. Eu não vou deixar de andar o País por causa de vaia. Pesquisas do tipo tracking, encomendadas pelo Planalto após o acidente em Congonhas, já indicam que a popularidade do presidente caiu, sobretudo em São Paulo, e em camadas das classes média e alta. O levantamento acendeu a luz amarela no Planalto, depois de dez meses de crise aérea. Até agora, o governo não organizou nenhuma estratégia para enfrentar hostilidades, mas pretende observar as manifestações com cautela.
Hoje, o presidente Lula dará seqüência ao lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de saneamento e urbanização em Cuiabá (MT). Logo depois, Lula seguirá para Campo Grande (MS), para o lançamento do mesmo programa. O retorno a Brasília está previsto para o final da tarde.