Maratona Hacker contra a corrupção e a pornografia infantil

25 de janeiro de 2018 16:03

Realizado pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal no início de agosto, o "Hackathon para um futuro de boas ideias contra a corrupção e a pornografia infantil" buscou saídas tecnológicas que possam auxiliar a Polícia Federal no enfrentamento a essas práticas criminosas.
 

Na categoria “Combate à Corrupção”, a equipe “Fiscal Cidadão” venceu a disputa. Já a equipe “DevinhX” foi a campeã no segmento “Combate à Pedofilia”. O propósito era criar aplicativos, com código aberto, que integrassem conceitos de análise de big data e o uso de novas tecnologias, sobretudo a inteligência artificial.

“Com a evolução da tecnologia, a pedofilia tem aumentado seu alcance e suas possibilidades de ação, com relação aos criminosos e às vítimas. Por isso, é de suma importância que especialistas se unam para minimizar seu avanço, criando novas ferramentas e formas de combate”, disse o diretor-titular do Comitê Acelera Fiesp (CAF/FIESP), Sylvio Gomide.

O grupo “DevinhX” desenvolveu o projeto de um aplicativo semelhante a um jogo comum para crianças, para que os pais consigam acompanhar, diariamente, o comportamento dos filhos e detectar abusos sexuais assim que surgirem os primeiro sinais, ainda que silenciosos. Para a criança, parecerá uma brincadeira lúdica, porém, a inteligência artificial estará analisando os resultados para informar se, eventualmente, houver indícios de abuso ou assédio sexual.

Já o tema da corrupção, o qual afeta todas as áreas e segmentos da vida social, em âmbitos público e privado, ganhou destaque, segundo o Presidente da ADPF, Dr. Carlos Eduardo Sobral, porque está na ordem do dia. “A escolha dessa temática é oportuna, pois, num momento em que a sociedade brasileira resolveu vencer a corrupção, nada mais importante do que a sua atuação na identificação, no levantamento de informações, na prevenção e na detecção de possíveis desvios e infrações”.

Nos dois dias de programação, aproximadamente 100 participantes, divididos em cerca de 20 grupos, tiveram acesso a tecnologias de última geração e foram instruídos por especialistas da área da inteligência artificial e por Delegados de Polícia Federal. Além de estimular o conhecimento tecnológico dos jovens pesquisadores, todos os projetos desenvolvidos serão doados à Polícia Federal, sem qualquer ônus, podendo ser empregados efetivamente.

Este foi o primeiro Hackathon organizado pela FIESP em conjunto com a ADPF e com o Instituto de Direito Público de São Paulo (IDP/SP); com o apoio do Centro de Tecnologia da Informação “Renato Archer” do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI/MCTI); do Instituto Federal de São Paulo/Campinas (CTI-IFSP); da IBM e da Comissão de Direito Digital e Compliance da OAB/SP.

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