Marcado para segunda-feira depoimento da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, na PF

22 de outubro de 2010 10:01

BRASÍLIA – A Polícia Federal marcou para a próxima segunda-feira, às 9h, o depoimento da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Ela é investigada por suposto tráfico de influência em favor do filho Israel Guerra e de Vinícius Castro , sócios na Capital Consultoria. Os dois são suspeitos de intermediar negócios entre empresas privadas e o governo federal. O depoimento de Erenice, ex-braço direito da candidata à presidência da República Dilma Rousseff (PT), tem sido cobrado insistentemente pela oposição. (Leia também: MTA terá de pagar multa aos Correios )

Para aliados do candidato tucano José Serra, o interrogatório pode ser uma oportunidade para que Erenice explique as denúncias sobre os negócios do filho e de assessores com empresas estatais. No entanto, pela segunda vez, o advogado Eduardo Ferrão pediu para a polícia adiar mais uma vez a data do depoimento. O advogado alega que Erenice tem sido apontada como a principal suspeita e, neste caso, deveria ser a última a depor.

Entenda o escândalo na Casa Civil )

O primeiro depoimento de Erenice estava marcado para a quarta-feira, mas foi cancelado. Ferrão adotou a mesma estratégia em relação a Israel Guerra e a Saulo Guerra, também filho de Erenice. Os dois adiaram os depoimentos e, quando compareceram à polícia, não responderam às perguntas do delegado Ruberval Vicalvi. Segundo Ferrão, os dois só se manifestariam depois de conhecer todas as denúncias que estão sendo divulgadas contra eles.

Israel e Castro são acusados de tentar intermediar um empréstimo de R$ 2,25 bilhões no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a EDRB, empresa de energia eólica. A acusação foi feita pelo lobista Rubnei Quícoli, que chegou a negociar os termos de um contrato de prestação de serviços com os sócios da Capital. O grupo trocou e-mails com Quícoli, inclusive a partir de computadores da Casa Civil.

Fonte: O Globo