Militar uruguaio deixará sede da PF

12 de setembro de 2007 13:04

Cordero foi preso em fevereiro deste ano, acusado pelo governo argentino de integrar a Operação Condor, plano de repressão montado por países da América do Sul que estavam sob regime militar. A Argentina pediu a extradição do uruguaio para julgá-lo por crimes naquele país.

Em julho, Cordero pediu para aguardar o julgamento em liberdade, o que foi negado pela ministra Ellen Gracie. O novo pedido analisado por Mello, relator do caso, pleiteava novamente liberdade provisória ou, como alternativa, prisão domiciliar ou transferência para qualquer unidade prisional dos municípios de Porto Alegre ou de Santana do Livramento, onde reside sua família. O argumento é de que as casas prisionais indicadas teriam melhores condições de abrigar o preso sem prejudicar a sua vida, saúde e integridade física.

O juízo da 2ª Vara Federal Criminal do Estado já havia solicitado a transferência, alegando que a PF não tem condições de manter a prisão do acusado. No texto da decisão, Mello nega “concessão de liberdade” e, em relação à transferência, afirma perplexidade e diz que a PF deve se aparelhar para cumprir “atribuições como a de polícia judiciária”. Ainda assim, considerando as condições, deferiu a transferência.