Ministro sem compromisso com o combate à corrupção de ser vetado ou derrubado, defende delegado
Integrante da maior operação de combate a corrupção no Brasil, a Operação Lava Jato, o delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva defendeu nesta quarta-feira, 27, que o País vive “um processo irreversível” de mudança e que um ministro da Justiça que não esteja “comprometido verdadeiramente” com esse processo deveria ser “vetado ou ‘derrubado'”.
“Um ministro que não esteja comprometido verdadeiramente com o combate a corrupção e o fornecimento de meios para tanto às instituições vinculadas a pasta estaria fora desse contexto e, em defesa desse processo de mudança deveria ser vetado ou ‘derrubado'”, afirmou Mauat.
A discussão sobre a nomeação de um novo ministro da Justiça, em um eventual governo Michel Temer (PMDB), ganhou força com a notícia de que o criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira seria convidado para assumir a pasta. Ele nega o convite, mas foi chamado para um conversa com o vice-presidente ainda essa semana.
A celeuma criada em torno da possível nomeação de Mariz surge de sua atuação como defensor de investigados na Lava Jato e também assinou manifesto contra a Lava Jato, em janeiro de 2016, com pesadas críticas à investigação que desmoronou esquema de corrupção na Petrobrás.
Mauat diz que não fala pela Lava Jato. “Falo por mim”.
“Acredito que o trabalho até aqui realizado e o envolvimento da sociedade em torno da mudança da imagem do pais interna e externamente é um processo irreversível, mas que precisa ser defendido”, disse o delegado.