Mulher que teria feito pagamentos a Israel Guerra é ouvida na PF

27 de outubro de 2010 10:19

A irmã do piloto de motocross Luís Corsini, Ana Velloso Corsini, chegou sozinha à superintendência da Polícia Federal em Brasília para prestar depoimento nesta terça-feira (26). Segundo a PF, o depoimento começou às 16h30 e terminou às 18h15. Ana deixou o prédio da superintendência apenas às 19h20 e não falou com a imprensa.

Ela foi chamada a depor nas investigações do suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil. Segundo as denúncias, assim como Luís, Ana também teria feito pagamentos a Israel Guerra, filho da ex-ministra Erenice Guerra. Os pagamentos seriam referentes a uma "taxa de sucesso" cobrada por Israel para a facilitação de um contrato de patrocínio da Eletrobras à equipe de motocross comandada pelo irmão dela.

 

O irmão dela, Luís Corsini, prestou depoimento à PF na última quinta-feira (21). Ele é o piloto da citada equipe de motocross. Corsini começou a depor por volta das 18h e saiu da superintendência da PF em Brasília às 18h20. Ele saiu do edifício sem falar com a imprensa.

Segundo a revista "Veja", o filho de Erenice, Israel Guerra, teria cobrado R$ 40 mil de propina do piloto de motocross Flávio Corsini, de Brasília, em troca da liberação de um patrocínio de R$ 200 mil da Eletrobras.

Entenda o caso

O inquérito da PF foi aberto para apurar as denúncias de tráfico de influência que resultaram na queda da então ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. Erenice foi ouvida nesta segunda-feira (25) durante cerca de quatro horas, mas não falou à imprensa ao deixar o prédio da polícia. Os filhos da ex-ministra, Saulo e Israel Guerra, também chamados para depor, permaneceram em silêncio durante seus depoimentos no último dia 5 de outubro.

Saulo é um dos proprietários da Capital Consultoria e Assessoria, empresa que está no centro das denúncias referentes ao período em que Erenice foi secretária-executiva e depois ministra-chefe da Casa Civil.

A empresa de Saulo, da qual Israel era representante, utilizaria o posto estratégico de Erenice no governo para facilitar a negociação de contratos públicos com empresas privadas, de acordo com reportagem publicada pela revista "Veja". Desde que o caso foi revelado, a ex-ministra sempre negou participação em irregularidades.

 

Fonte: G1