Não era uma operação, era roubo

3 de março de 2008 12:58

O chefe da segurança, a mulher dele e o filho de dois anos, seqüestrados pela quadrilha na noite de sexta-feira, foram usados como reféns para facilitar o roubo. A direção calcula que foram roubadas 140 mil peças e dois mil computadores.

Quatro bandidos chegaram à empresa numa caminhonete com adesivos da Polícia Federal. Eles usavam uniformes e estavam armados com metralhadoras e fuzis quando anunciaram a falsa inspeção. O chefe de segurança seqüestrado confirmou a versão. Dentro da fábrica, eles renderam os demais seguranças.

O restante da quadrilha chegou depois. Cinco veículos, entre eles três caminhões, foram usados para transportar os produtos roubados. A quadrilha ficou três horas dentro da empresa.

Antes da fuga, os bandidos tiveram o cuidado de retirar a sirene e os adesivos que estavam no carro usado para o assalto. Eles ainda quebraram as câmeras de segurança e roubaram as fitas do sistema de vigilância. Ninguém ficou ferido. A família seqüestrada foi libertada durante o assalto. A polícia não tinha pistas da quadrilha até a noite deste sábado.

Algumas horas depois do assalto, o clima era de tensão entre os funcionários. A empresa, que monta computadores fica às margens da Rodovia dos Bandeirantes e é uma das maiores de Jundiaí. Cerca de 80 funcionários que trabalhavam no local no momento que os assaltantes chegaram. Eles obrigaram os funcionários a carregar três caminhões de produtos roubados. Ninguém ficou ferido na ação.