Nova fase da Acrônimo investiga fraudes em contratos do Ministério da Saúde e BNDES
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (15/09), sob o comando da Delegada Federal Denisse Dias Rosas Ribeiro, a oitava fase da Operação Acrônimo. A operação foca em dois inquéritos policiais que apuram dois eventos distintos da investigação, noticiou o jornal Folha de S. Paulo, esta quinta-feira (15/09) – (http://zip.net/bstsRd).
Um deles refere-se a possíveis cooptação e pagamento de vantagens indevidas para fraudar licitações no Ministério da Saúde, beneficiando gráfica da propriedade de um dos investigados, Benedito Rodrigues Oliveira, o Bené, apontado como operador do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e que fez delação premiada. O outro evento apurado, é a interposição de empresa na negociação e pagamento de supostas vantagens indevidas a agente público, para obtenção de financiamentos de projetos no exterior pelo BNDES (República Dominicana, Angola, Cuba, Panamá, Gana e México) no interesse de uma grande empreiteira do Brasil.
No foco, estão contratos da empreiteira Odebrecht com o BNDES liberados em troca de suposto pagamento de propina. A empreiteira, contudo, não é alvo, mas sim uma firma que intermediou os contratos, noticiou também o jornal Estadão (http://zip.net/bpttd8). O objetivo da operação é recolher elementos que possam ajudar a esclarecer a atuação de uma suposta organização criminosa especializada na obtenção de benefícios junto ao Governo Federal, por meio de pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
A Polícia Federal, sob o comando da Delegada Federal Denisse Dias Rosas Ribeiro, cumpre 20 mandados judiciais, sendo 11 de conduções coercitivas e nove de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal. As ações de hoje são um desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de Justiça.
Esta é a segunda etapa da Operação Acrônimo deflagrada em uma mesma semana. A sétima fase, realizada na última terça-feira (13/09), teve como alvo Felipe do Amaral, empresário ligado ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).