Novo presídio no DF: quatro presos por cela

16 de outubro de 2007 14:19

O assessor da Gerência de Engenharia e Arquitetura da Secretaria de Justiça do Distrito Federal Nathaniel Peregrino informou que o DF terá um novo presídio com celas para quatro presos. Atualmente, segundo ele, as celas coletivas abrigam oito presos.

O assessor disse, no entanto, que não há previsão de construir celas individuais porque o custo seria muito alto. O cronograma da construção do novo presídio ainda não foi definido.

Celulares e drogas
O subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, Anderson Espíndola, disse que não tem notícias da apreensão de armas e celulares nas prisões locais. Ele afirmou, no entanto, que são flagradas de cinco a seis tentativas de entrada de drogas por mês nas prisões do DF.

Ao relatar a situação do sistema penitenciário no Distrito Federal, Espíndola informou que 38,15% dos presos trabalham ou estudam. Já o índice de reincidência de ex-presos no DF é de 23%, enquanto a média nacional é superior a 70%.

Espíndola participa neste momento de audiência pública da CPI do Sistema Carcerário.

Crime organizado
Na audiência, o subsecretário falou sobre a passagem de Marcos Camacho (Marcola), apontado como líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), pela penitenciária de Brasília. Segundo Espíndola, por causa das restrições que teve, Marcola pediu para voltar a São Paulo depois de um ano e meio preso no DF.

O subsecretário afirmou, no entanto, que Marcola conseguiu arregimentar oito pessoas para criar uma subfacção do PCC em Brasília. Esses presos, porém, foram identificados e separados dos demais.

Morte de presos
O presidente da CPI do Sistema Carcerário, deputado Neucimar Fraga (PR-ES), questionou Espíndola sobre as 13 mortes de presos ocorridas no Distrito Federal em 2006. Espíndola informou que oito mortes foram decorrentes de causas naturais. As demais mortes, segundo ele, se referem a presos que estavam fora do estabelecimento prisional (como aqueles do regime semi-aberto).

Questionado pelos parlamentares, o subsecretário ficou de repassar à CPI dados sobre servidores processados por desvio de conduta nos presídios.