Operação Caixeiro Viajante II
As investigações iniciaram há cerca de treze meses, quando a DELEPAT começou a acompanhar os passos de um grupo especializado em arrombamentos de caixas eletrônicos, financiamentos bancários fraudulentos e desvios e roubo de cargas, exploração de caça-níqueis, tráfico de drogas, venda em grande quantidade de cheques roubados da CEF, Banco do Brasil e outros Bancos. O grupo atuava no Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Paraíba, Paraná e em diversos municípios de Santa Catarina.
O balanço final da operação aponta para a instauração de 17 inquéritos policiais, nas diversas forças policiais do Brasil (SSP dos Estados, DEIC/SSP/SP, e Delegacias do DPF). Foram emitidos 12 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão com o emprego de cerca de 150 policiais federais.
Atuação
Furtos contra caixas automáticos também compunha o rol de atuação. A quadrilha tramou cerca de cinco ataques, sendo que desses, a polícia conseguiu realizar três flagrantes e impedir outra. Nessas intervenções, a quadrilha contava com o apoio técnico de uma empresa que prestava serviços de manutenção de cofres e fechaduras para diversas instituições bancárias. As chaves usadas para a abertura dos cofres foram, em tese, fabricadas e fornecidas pela empresa.
Durante as investigações, reforçadas com a prisão de um advogado e de um ex-policial federal, ambos radicados em São Paulo, os policiais chegaram ao envolvimento de integrantes do Primeiro Comando da Capital PCC. O grupo, com suas ações, que rendem dinheiro fácil, estariam financiando diversas empreitadas daquela facção criminosa
Nos casos dos desvios de carga, os federais descobriram que motoristas eram cooptados pela quadrilha para que fossem registrados falsos roubos após a revenda a receptadores.
Um dos investigados, Rogério da Silva, quando de sua prisão, resistiu à ação atirando nos policiais federais. Ele foi atingido com um tiro no braço.