Operação Capelinha
Na operação, intitulada Capelinha, cerca de 80 agentes da PF cumprem 14 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão nos municípios de Sorocaba, Itu, Taquarivaí e Buri. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba.
A investigação teve início há sete meses. Formado por advogados e empresários, o grupo apoderou-se da associação e gastou recursos obtidos no extinto Banco Terra na aquisição da Fazenda Capelinha, na construção de 29 casas para as famílias que trabalhariam na terra e na compra de meios necessários para fomentar a agricultura familiar. Em seguida, por meio de extorsão e fraude, os acusados passaram a pressionar os membros da associação para que eles alienassem suas terras por “valores módicos”.
Esse processo, segundo a PF, “se deu por meio de verdadeira expulsão das famílias de sua associação bem como apropriação dos bens adquiridos por meio do financiamento”. O Banco Terra oferecia os financiamentos em condições diferenciadas, pois o dinheiro era destinado exclusivamente para a compra de propriedade rural a ser dividida entre os associados, realização de benfeitorias e custeio da atividade rural. Os presos deverão responder pelos crimes de extorsão, estelionato e formação de quadrilha, com penas que podem alcançar até 10 anos de prisão.