Operação Furacão
A operação foi iniciada em dezembro de 2005, com o objetivo de desmantelar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal e cometia irregularidades contra a administração pública.
Contraventores
A PF cumpriu, ao todo, 70 mandados de busca e apreensão e 25 mandados de prisão contra os responsáveis ligados as atividades ilícitas, dentre eles, os contraventores Antônio Petrus Kalil, o Turcão, Aniz Abrahão David, o Anísio da Beija-Flor, Ailton Guimarães Jorge, mais conhecido como Capitão Guimarães e o advogado Virgílio de Oliveira Medina, irmão do ministro Paulo Geraldo de Oliveira Medina, ministro do STJ.
Além deles foram presos empresários, que junto com os bicheiros chefiavam o esquema, negociadores e advogados, que viabilizavam as transações e policiais e magistrados que atuavam em troca de benefícios em favor da organização criminosa. Eles ainda são suspeitos de fornecer informações antecipadas sobre operações de repressão às casas de jogo, além de serem acusados de envolvimento de esquema de corrupção de inquéritos contra casas de bingo e jogos ilegais.
Outro relatório do Coaf aponta que o crime organizado paulista movimentou cerca de R$ 63 milhões entre novembro de 2005 e julho de 2007. O dinheiro foi movimentado em 686 contas, sendo que 20% delas tiveram movimentações acima de R$ 100 mil. Os outros 80%, juntos, não somam R$ 100 mil. Grande parte dessas movimentações se relacionava individualmente a pessoas do alto comando do crime organizado.