Operação investiga fraude em licença ambiental e exploração de ouro
A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (14), em Macapá (AP), a Operação Ramphastos, que investiga o recebimento de vantagens indevidas por servidores do Instituto de Ordenamento Territorial e Meio Ambiente do Amapá (Imap).
A suspeita é que em troca de vantagens ilegais, os servidores facilitavam a autorização de desmatamento e licença de operação para exploração de ouro na área da mina Tucano, que fica localizada no município de Pedra Branca, em Amapari (AP).
O delegado João Paulo de Bastos é o responsável pela investigação que cumpriu dois mandatos de busca e apreensão contra servidores do Instituto. Os funcionários são suspeitos de emitir licença ilegal para o desmatamento no entorno da área.
De acordo com o inquérito, a autorização de desmatamento e a licença da exploração da área foi outorgada com base em diploma minerário sem validade. Além disso, o desmatamento de mais de seis quilômetros ocorreu em março de 2016 e a autorização só foi concedida em novembro do mesmo ano.
A operação é um desdobramento da operação Pantalassa, de março de 2017, que investiga uma organização criminosa dentro do Imap. O grupo seria responsável por receber valores para liberar exploração irregular de minério e madeira. A ação foi batizada de Ramphastos em referência ao gênero das aves Tucano.