Operação na fronteira impede produção de, pelo menos, 15 toneladas de droga

4 de julho de 2013 10:58

A operação denominada de Javari Sacambú, desencadeada no início do mês de maio deste ano pela Polícia Federal, na fronteira do Brasil com o Peru, impediu que pelo menos 15 toneladas de cocaína fossem produzida pelos laboratórios peruanos, de acordo com cálculos do superintendente de Polícia Federal (PF) delegado Sérgio Fontes. Segundo ele, a operação teve como objetivo quebrar a cadeia produtiva da droga e com isso causar prejuízos as organizações criminosas de narcotraficantes.

O delegado informou que durante a operação foram montadas barreiras fluviais no rio Javari, onde todas as embarcações que passavam eram abordadas, revistadas e as pessoas cadastradas. Pelo menos 6 mil pessoas foram identificadas para que a polícia pudesse obter informações das atividades que elas desenvolviam na região. Os dados colhidos serão utilizados para a repressão ao tráfico de droga naquela região.

Ainda segundo o superintendente, a ação policial também tinha como objetivo bloquear a passagem de insumos para a produção da cocaína, principalmente a gasolina que é um dos elementos indispensáveis para a produção da droga. Sérgio Fontes explicou que, para cada quilo de cocaína que é produzido, são necessários 300 litros de gasolina.

GASOLINA

De acordo com informação da inteligência da Polícia Federal, são necessários mensalmente um milhão de litros de gasolina peruana para abastecer os laboratórios da região. A gasolina é vendida no Peru a R$ 2 cada litro e os narcotraficantes dependem desse material. Sem o combustível, as folhas da coca ficam envelhecidas, perdem em pouco tempo as substâncias entorpecentes (alcalóides) e não podem mais ser utilizadas.

Para facilitar a chegada dos insumos para o refino da droga os traficantes estão fazendo suas plantações de coca e montando seus laboratórios de refino cada vez mais próximos da margem do rio Javari. Onde apenas 400 metros separam o Brasil do Peru. A localização é estratégica porque o trecho é usado por narcotraficantes também para a passagem do entorpecente que é introduzido em solo brasileiro.

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