Operação Ouro Branco
São acusadas de envolvimento em um esquema de fraude no leite supostamente praticado por duas cooperativas mineiras a Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Copervale), com sede em Uberaba, e a Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil), de Passos.
A denúncia encerra o inquérito policial que tramitou na 1ª Vara da Justiça Federal em Uberaba. Na denúncia, a Procuradoria relata, com detalhes, todo o esquema de adulteração do leite ocorrido na Copervale, e que consistia na adição ao produto de substâncias nocivas à saúde e capazes de reduzir seu valor nutricional.
Dois anos
De acordo com a Procuradoria, a fraude vinha ocorrendo há aproximadamente dois anos. O leite chegava dos produtores rurais e, durante o beneficiamento, uma solução química, composta por soda cáustica, ácido cítrico, citrato de sódio, sal, açúcar e água era adicionada ao produto para aumentar o volume e prazo de validade.
Segundo os depoimentos prestados durante o inquérito, a cooperativa beneficiava por dia 120 mil litros de leite, mas a fraude era realizada somente no leite longa vida integral.
Foram denunciados o diretor-presidente da Copervale, Luiz Gualberto Ribeiro Ferreira, que foi quem determinou a adição da solução química, com o objetivo de auferir maior lucratividade com a venda do produto; Borges, o engenheiro químico que criou a fórmula; o fiscal agropecuário federal Afonso Antônio da Silva, que era conivente com o esquema; o gerente industrial da Copervale responsável por supervisionar o processo de adulteração, Romes Monteiro da Fonseca Júnior, além de todos os funcionários.