Operação Registro Espúrio mira fraude em registros sindicais
Gabinetes de três deputados federais foram alvo de mandados judiciais na última quarta-feira (30), data que a Polícia Federal deflagrou uma fase ostensiva da Operação Registro Espúrio para investigar parlamentares e servidores públicos por suposta fraudes no sistema de registro sindical.
A Operação foi deflagrada após investigações coordenadas pelo delegado federal Leo Garrido de Salles Meira identificar um esquema criminoso que chegava a cobrar pagamentos de até R$ 4 milhões pela liberação de um registro sindical.
As apurações, que duraram cerca de um ano, revelaram um amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares.
No âmbito da Operação foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e 64 de busca e apreensão. Todas as medidas foram deferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
E diferente do que a mídia vem noticiando, não foram solicitadas as prisões dos parlamentares envolvidos no esquema de fraudes no sistema de registro sindical.
“Levando em consideração a imunidade formal que eles detêm, foram pleiteadas medidas cautelares diversas da prisão, tais como proibição de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter contato com servidores do órgão e demais investigados”, explicou o delegado Garrido.