Operação Vorax 2
Entre os presos estão o vice-prefeito do município, Rodrigo Alves, e o empresário Carlos Eduardo Pinheiro, irmão do prefeito de Coari, Adail Pinheiro.
A maioria dos suspeitos já havia sido presa durante a primeira fase da operação Vorax, em maio deste ano. Desta vez, eles tiveram a prisão preventiva decretada. O vice-prefeito é apontado como proprietário de uma das empresas fantasmas criadas para vencer licitações da prefeitura de Coari. Segundo a PF, a quadrilha é suspeita de desviar R$55 milhões em verbas federais, municipais e estaduais, fraudando convênios e licitações e ainda sonegando impostos.
O município de Coari recebeu, nos últimos cinco anos, R$200 milhões de royalties da Petrobras, pela exploração do petróleo na Bacia Petrolífera de Urucu, segundo informações da Receita Federal. De acordo com a PF, grande parte desse dinheiro não era investido na cidade, mas desviado. Coari tem cerca de 65 mil habitantes, segundo o IBGE.
O juiz federal Márcio Luis Coelho de Freitas, que decretou a prisão preventiva dos dez envolvidos, afirmou, em despacho, que os presos são peças-chaves no esquema criminoso, chefiado pelo próprio prefeito de Coari, Adail Pinheiro. A Polícia Federal informou que também pediu a prisão de Adail, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou. Um novo pedido está sendo analisado pelo tribunal.
De acordo com o juiz federal, a mando do prefeito, um dos presos, que é sargento da PM do Amazonas, praticava constrangimentos ilegais, agressões, ameaças, seqüestros e cárcere privado.