Para delegados de PF, crítica às algemas desvia foco

17 de agosto de 2011 15:00

Para a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), as críticas relacionadas ao uso de algemas têm como objetivo desviar o foco das denúncias e desqualificar a atuação do setor de inteligência da Polícia Federal.

A polêmica ressurgiu durante a ‘Operação Voucher’, deflagrada no início do mês, quando 38 pessoas ligadas ao Ministério do Turismo foram presas acusadas de desvio de verbas públicas ocorrido em 2009. Em 2008, as algemas já haviam sido criticadas durante a “Operação Satiagraha”.

“As algemas quase sempre são necessárias e preservam principalmente a vida do preso. Família, amigos e defensores do acusado não conseguem encontrar brechas para defendê-lo e citam as algemas para tentar desqualificar nosso trabalho”, disse Cláudio Tusco, da ADPF.

Ainda segundo Tusco, no caso específico da ‘Operação Voucher’, as algemas só foram utilizadas durante o transporte aéreo. “A legislação aeronáutica diz que tal medida é obrigatória. Infelizmente, passou a ser delito maior que desvio de milhões dos cofres públicos”, disse.