O presidente da ADPF, Luciano Leiro; em seguida, o delegado federal Valdecy Urquiza; e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Foto: ADPF

Pela primeira vez, um brasileiro, delegado da PF, é eleito chefe da Interpol

25 de junho de 2024 17:57

O Comitê Executivo da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) selecionou nesta terça-feira (25) o delegado federal Valdecy Urquiza para ocupar o cargo de Secretário-Geral, sendo eleito com 8 votos dos 13 membros. A votação ocorreu na sede da Interpol em Lyon, na França. O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Luciano Leiro, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, estiveram presentes para prestigiar o resultado.

Esta é a primeira vez em 100 anos que um brasileiro assumirá tal cargo, que antes foi ocupado por apenas 5 países: Alemanha, Áustria, Estados Unidos, França e Reino Unido.

Delegado de Polícia Federal desde 2007, Urquiza é o atual diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal e vice-presidente da Interpol para as Américas, tendo ocupado anteriormente cargo na Diretoria da ADPF.

A eleição se dá através do processo em que os países que compõem o comitê executivo da organização, 13 países, se reúnem para avaliar dentre os candidatos apresentados, escolhendo o nome que o comitê julga ser o mais adequado para liderar a organização nos próximos cinco anos. Agora, o nome será ratificado pelos países membros da Assembleia-Geral, que ocorrerá em novembro, no Reino Unido.

A Interpol é a maior organização policial do mundo, com escritórios em 196 países. Sediada em Lyon, na França, foi fundada em 1923 para facilitar a cooperação policial mundial e o controle do crime.

Para o presidente da ADPF, que acompanhou o resultado de perto, “Esse é um feito histórico que enaltece a Polícia Federal e o Brasil em um patamar jamais alcançado. Dr. Urquiza tem todas as qualidades e vasta experiência para exercer um mandato transparente, ético e profícuo”, conta.

Urquiza explica que essa seleção não é só importante para ele como pessoa, mas para toda a Polícia Federal, “Uma organização respeitada mundialmente. Esse trabalho é resultado do crescimento da área de cooperação nacional da PF, liderado pelo nosso diretor-geral, Dr. Andrei, e demonstra a confiança que as agências policiais têm em nossa instituição. Este é um trabalho muito forte de articulação também das nossas instituições brasileiras, como o Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Justiça e Presidência da República. Fico feliz como policial federal, delegado federal e associado da ADPF por representar o Brasil. Agradeço também à ADPF por todo apoio prestado a esta candidatura”, conclui.

Estiveram presentes em Lyon o delegado federal Luiz Roberto Ungaretti de Godoy, Adido Policial da PF em Paris, e o delegado federal Bruno Eduardo Samezima, Oficial de Ligação da PF em Lyon e diretor-assistente de Gestão Forense e de Dados Policiais da Interpol.

A ADPF parabeniza o associado e colega, desejando-lhe sucesso nesta honrosa missão.