“Pelo Brasil e Contra a Corrupção”: Presidente da ADPF participa de sessão na Câmara dos Deputados
O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Felix de Paiva, participou hoje (13), da sessão solene “Pelo Brasil e Contra a Corrupção”, realizada no Plenário da Câmara dos Deputados.
Na tribuna, Paiva defendeu a autonomia da polícia como ferramenta de combate à corrupção. “Precisamos de condições para o nosso orçamento não sofrer tantos contingenciamentos. Necessitamos também de que o diretor-geral da PF tenha mandato, que seja escolhido pela lista tríplice, e que os cargos internos da Polícia Federal sejam nomeados por esse diretor. É isso que a instituição precisa para que continue prestando o trabalho que a sociedade quer.”
Paiva também citou a defasagem de policiais na PF e defendeu a nomeação de mais uma turma dos aprovados no último concurso. “Hoje, a Polícia Federal tem um terço dos seus quadros desocupados. São 10.800 policiais na ativa, para 15 mil previstos em lei. Necessitamos de repor esses quadros; precisamos que o concurso que está aberto para 500 vagas de policiais seja ampliado e sejam chamados os excedentes.”
O delegado federal e deputado Felício Laterça (PSL-RJ) reiterou a importância da autonomia da PF. “Hoje, nós falamos muito em Lava Jato. E nós precisamos falar em fortalecimento das polícias judiciárias. É ela quem incumbe fazer investigação no nosso país. Precisamos defender a autonomia da Polícia Federal, defender a autonomia das polícias judiciárias e fortalecer todos os seus quadros: dos delegados aos investigadores.”
Laterça também defendeu o aumento da infraestrutura da instituição. “Precisamos, inclusive, aumentar a estrutura da Polícia Federal criando outras unidades descentralizadas”, disse.
O deputado Pablo Oliva, que é delegado de Polícia Federal, destacou como a corrupção destrói as bases do país. “Sempre falei que a corrupção é o maior mal que a ataca a nossa sociedade. É a maior chaga, a maior doença. É aquilo que corrompe e corrói as virtudes e os valores das pessoas. Esse tempo todo de trabalho que eu tive na polícia, me fez aprender e perceber que a corrupção está em todo lugar”, afirmou.
Na avaliação do delegado e deputado federal Marcelo Freitas, existe um conjunto de medidas que vão ajudar o Brasil acabar com a corrupção e o crime organizado. Ele citou o fim do foro privilegiado e, principalmente, a aprovação da PEC 412/2009. “Corrupto deve ser julgado, condenado e ir para a cadeia. A desgraça que ele tem gerado em nosso país é terrível. E essa realidade só mudará se o Congresso verdadeiramente assumir o seu papel e aprovar o fim do foro privilegiado, aprovar as medidas anti-corrupção encampadas pela Transparência Internacional e aprovar a PEC 412, que objetiva garantir a autonomia da Polícia Federal.”
O delegado federal Igor Romário de Paula, que representou o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, destacou a técnica da equipe da PF em desmantelar organizações criminosas. “Esse trabalho é resultado de uma evolução de vários anos de aperfeiçoamento técnico, institucional da PF, direto do fortalecimento de uma autonomia técnica que a cada dia vem avançando dentro da instituição. Isso é importante que seja mantido e tenhamos a oportunidade de avançar nesse sentido.”
Além do presidente da ADPF, o vice, Luciano Soares Leiro, esteve presente na solenidade. Também marcaram presença o Assessor Parlamentar da Polícia Federal, Dr Nóbrega e o Delegado de Polícia Federal Augusto Versiani, representando a chefia do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A sessão foi presidida pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). Outros representantes da área da segurança e combate à corrupção também discursaram no plenário.