Pesquisa revela que a maioria dos Delegados Federais não dispõem de equipes de investigação
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) realizou uma pesquisa entre seus associados, que estão na ativa, para verificar como está a situação de trabalho dos delegados de polícia federal por todo Brasil . Cerca de 8% do universo de Delegados ativos responderam à pesquisa.
Os resultados apresentados comprovam as insatisfações dos Delegados e reafirmam suas reivindicações e as mobilizações para entrega e rejeição de chefias. Dos respondentes 60% dizem não contar com equipes mínimas de investigação e apenas 7% creem que os delegados contam com equipes são apropriadas.
Além da falta de equipes mínimas de policiais federais para investigação nas Delegacias de Polícia, os Delegados reclamam da não regulamentação da indenização de fronteira, passados dois anos do compromisso assumido em lei; carência de servidores administrativos para substituir mão de obra terceirizada e, sobretudo, da desvalorização salarial dos profissionais da PF.
As respostas do pesquisados confirmam a Polícia Federal como uma entidade republicana. De acordo com os números da pesquisa da ADPF, 65% dos Delegados Federais disseram que nunca ou raramente ocorrem redistribuição imotivada de inquéritos policiais e 79% informaram que não há avocação de investigações.
Outro dado interessante concerne ao poder de requisição de dados pelos Delegados, previsto pela Lei 12.830/13, uma conquista importante como medida para conferir mais celeridade nas investigações . Mais de 85% dos Delegados Federais declararam que encontram problemas de observância ao poder de requisição pela empresas, que por vezes se recusam a fornecer os dados necessários para instruir os inquéritos, enquanto e 68% responderam que o descumprimento se dá pelos próprios órgãos públicos.