PF achou documentos de Eduardo Cunha na casa de Henrique Alves
A Operação Catilinárias, coordenada pelo Delegado Federal Marcelo Freitas, apreendeu na casa do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN) documentos judiciais em nome do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A Polícia Federal encontrou com Henrique Alves – ministro nos governos Dilma e Temer – a cópia de um ofício assinado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma petição de um escritório de advocacia supostamente contratado por Eduardo Cunha e um requerimento do Ministério Público do Rio, noticiou esta segunda-feira (12/09) o jornal Estadão.
A cópia do ofício da Procuradoria-Geral da República encontrada na casa de Henrique Alves solicita, em síntese, o compartilhamento das cópias dos autos, ambos em trâmite na 10ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro. De acordo com o relatório do delegado Marcelo Freitas, o inquérito trata de investigação referente ao recebimento de vantagens indevidas relacionadas à aquisição de navios-sonda para perfuração de poços de petróleo da Petrobras.
Já a petição do escritório de advocacia é referente a um processo em que o investigado Eduardo Cunha é réu em ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do Rio. “Mais uma vez, reforça a ligação de Henrique Eduardo Alves com Eduardo Cunha, já que se trata de uma via de peça judicial do Escritório de Advocacia possivelmente contratado por Eduardo Cunha e que, estranhamente, fora encontrado nas dependências da residência de Henrique Eduardo Alves", registra a PF.
A Polícia Federal sugere que os três documentos sejam retidos com os investigadores por se tratar de material probatório relevante e por ser um documento judicial que, a principio, está sob segredo de Justiça.
A Operação Catilinárias é um desdobramento da Lava Jato deflagrada no dia 15 de dezembro de 2015 e que atingiu os caciques do PMDB, alvos de mandados de busca e apreensão. O relatório de análise do material apreendido foi finalizado em 11 de julho deste ano.
Leia a íntegra da matéria no jornal Estadão: http://zip.net/bgtsrH