PF assina acordo de cooperação com bancos para combater fraudes
A Polícia Federal, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e 14 instituições financeiras assinaram, nesta segunda-feira (26/02), a renovação de um acordo de cooperação técnica para o combate às fraudes bancárias eletrônicas. O acordo prevê câmbio de tecnologias de combate aos crimes cibernéticos contra as instituições, além de mudanças no procedimento de comunicação das fraudes à PF.
Em 2009, a Polícia Federal já havia implementado o Projeto Tentáculos, plataforma que opera por meio da criação de uma base de dados com todas as notícias crimes de fraudes bancárias contra a Caixa Econômica Federal. O projeto possibilita que a PF utilize uma ferramenta de leitura de dados para identificar correlação entre as denúncias antes mesmo de abrir o inquérito.
O Coordenador-geral de Polícia Fazendária, Dr. Andrei Passos Rodrigues, explica que o acordo nasceu justamente da percepção de que os criminosos identificados pelo Projeto Tentáculos também fraudavam outros bancos. O Delegado Federal ainda explica que, com as instituições bancárias alimentando o banco de dados da PF, as investigações ficarão ainda mais qualificadas e mais abrangentes.
“A partir de uma análise conjunta de diversos dados vamos ter a possibilidade de fazer uma investigação mais abrangente, atacando a raiz do problema ao invés de investigar cada fraude isoladamente”, afirma Dr. Rodrigues.
As 14 instituições bancárias que assinaram o acordo foram: : Banco Agiplan, Banco do Brasil, BRB – Banco de Brasília, Basa – Banco da Amazônia, Banrisul, Banese, Banco Neon, Bradesco, Banco Inter, Banestes, Itaú Unibanco, Original, Santander e Sicredi.
O acordo prevê ainda a troca de tecnologias, que também vêm sendo desenvolvidas pelos bancos, a utilização de espaços físicos e a cooperação de pessoas – técnicos das instituições financeiras devem auxiliar os investigadores da PF nos casos de fraudes.
No dia 13 de março será realizada, em Brasília, a primeira reunião entre a Polícia Federal, a Febraban e os bancos para dar os primeiros passos para a implementação do projeto. Armadilhas para utilização de cartões de crédito ou débito, acesso ao internet banking e boletos falsos são as principais fraudes cometidas contra os consumidores.