PF atribui lavagem de dinheiro e associação criminosa a Geddel e Lúcio por bunker dos R$ 51 mi
A Polícia Federal atribuiu ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e ao deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), os crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro, em relatório conclusivo sobre o bunker dos R$ 51 milhões, descoberto no âmbito da Operação Tesouro Perdido.
RELATÓRIO
A PF ainda atribuiu os crimes a Marluce Quadros Vieira Lima, mãe dos irmãos peemedebistas, Job Ribeiro Brandão, homem de confiança da família e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de Salvador apontado como operador de Geddel.
Segundo o delegado Marlon Oliveira Cajado dos Santos, que assina o documento, eles ‘estiveram unidos em unidade de desígnios para a prática de crimes de lavagem de dinheiro, seja pelo ocultamento no apartamento de Marluce Quadros Vieira Lima, seja pelo ocultamento no apartamento da Rua Barão de Loreto, Graça, Salvador/BA, de recursos financeiros em espécie oriundos atividades ilícitas praticadas contra a Caixa Econômica Federal (corrupção de GEDDEL), apropriação indevida de recursos da Câmara dos Deputados por desvios de salários de Secretários Parlamentares (Peculato), Caixa 02 em Campanhas Eleitorais (Art. 350 do Côdigo Eleitoral), possível participação de Lúcio Vieira Lima em ilicitudes relacionadas a medidas legislativas e da participação de GEDDEL VIEIRA LIMA em Organização Criminosa’ descrita no inquérito do Quadrilhão do PMDB na Câmara.
Bunker. A Operação Tesouro Perdido partiu de uma denúncia anônima por telefone no dia 14 de julho de 2017. O apartamento em Salvador aonde foram encontrados os R$ 51 milhões pertence ao empresário Silvio Antonio Cabral Silveira, que admitiu às autoridades que emprestou o imóvel ao irmão de Geddel, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB), a pretexto de guardar bens do pai do peemedebista, já falecido.
Na montanha de notas de R$ 100 e R$ 50 encontrada no apartamento, há marcas dos dedos do ex-ministro, de seu aliado Gustavo Pedreira Couto Ferraz, ex-diretor da Defesa Civil de Salvador, do assessor de Lúcio, Job Ribeiro Brandão, além de uma fatura com o pagamento da empregada do parlamentar.
No âmbito das investigações, Job resolveu colaborar com as investigações e tem feito tratativas para firmar delação premiada e seus depoimentos agravaram a situação dos peemedebistas perante a Justiça.
Ele disse que devolvia 80% de seu salário aos irmãos, além de contar e guardar dinheiro vivo em grandes quantidades para o ex-ministro e o deputado federal.
O homem de confiança dos peemedebistas foi preso no dia 16 de outubro, mesma data em que o gabinete de Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) foi alvo de busca e apreensão.
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