PF combate a pedofilia em 11 estados

30 de dezembro de 2013 10:05

A Polícia Federal deflagrou em novembro a Operação Glasnost para o combate à pedofilia. A investigação foi realizada ao longo de dois anos e identificou quase uma centena de brasileiros envolvidos com a produção e o compartilhamento de imagens relacionadas à exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. Os investigados compartilhavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até de bebês, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.

Foram presas 26 pessoas e mais de duzentos suspeitos continuam sob investigação. Um dos investigados, abusava sexualmente da própria filha, de apenas cinco anos de idade, e compartilhava imagens destes abusos na internet, com outros pedófilos ao redor do mundo.
Ao longo dos quase 24 meses de investigações, em todos os casos em que foram identificados abusadores, foram tomadas providências imediatas, a fim de que os abusos fossem prontamente interrompidos.

|OPERAÇÃO. A equipe de policiais envolvidos com a Operação Glasnost também identificou brasileiros residentes nos Estados Unidos. Eles estão sendo investigados com a colaboração do FBI (a Polícia Federal americana).
Entre os alvos da operação há pessoas de variadas idades e profissões, incluindo um policial militar, um oficial da Aeronáutica, alguns professores, bem como um chefe de grupo de escoteiros.

Cerca de 400 policiais federais participam da operação, que ocorreu nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Bahia e Goiás. No total, foram expedidos pela Justiça Federal cerca de 80 mandados de busca e apreensão, além de 20 medidas de condução coercitiva e pelo menos um mandado de prisão preventiva.

|GLASNOST. O nome da operação, “Glasnost”, é uma referência ao termo russo que significa transparência. A palavra foi escolhida porque a maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao redor do mundo.