PF conclui relatório da investigação sobre Michel Temer
A Polícia Federal enviou, na segunda-feira (26/06), o relatório da investigação sobre o presidente Michel Temer. Segundo noticiou O Globo (26/06), a PF concluiu que Temer praticou crime de obstrução à Justiça ao incentivar a manutenção de pagamentos feitos pelo empresário Joesley Batista ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso em Curitiba.
O laudo pericial do Instituto Nacional de Criminalística, anexado ao relatório, constatou que não houve qualquer adulteração no áudio entregue por Joesley, afirmando ainda que as 294 interrupções identificadas se devem às características do gravador utilizado. A conversa entre Temer e Joesley aconteceu na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu e discutiu um pagamento mensal à Eduardo Cunha.
Segundo a PF, Temer atuou para “embaraçar investigação de infração penal praticada por organização criminosa, na medida em que incentivou a manutenção de pagamentos ilegítimos a Eduardo Cunha, pelo empresário Joesley Batista, ao tempo em que deixou de comunicar autoridades competentes de suposta corrupção de membros da Magistratura Federal e do Ministério Público Federal que lhe fora narrada pela mesmo empresário".
Ainda de acordo com a reportagem, a PF identificou também Joesley e o ex-ministro Geddel Vieira Lima como autores do mesmo crime de obstrução à Justiça. No caso do ex-ministro, destacou-se que ele procurou familiares do doleiro Lúcio Funaro para verificar se ele faria delação premiada.
O relatório dos Os Delegados Federais Thiago Machado Delabary e Marlon Oliveira Cajado dos Santos chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), de onde foi remetido à Procuradoria-Geral da República.
Leia a íntegra da matéria no O Globo.