PF deve ignorar pressão da imprensa, diz ministro
Essa tentativa de instrumentalização acompanha a vida de qualquer República, assim como a tentativa de imprensa de cavar fatos espetaculares, grandes manchetes, vender jornais, concorrer para ver quem dá a notícia mais escandalosa. Isso é normal. As corporações não podem se subordinar a isso, afirmou o ministro. Elas (as corporações) têm de compreender que, do lado de lá, na sociedade, existe um movimento de curiosidade, de busca da informação, e do lado de cá existe a preservação da lei, do estado democrático de direito, disse Tarso.
As declarações foram feitas em discurso feito na cerimônia em que a superintendente regional da PF em Brasília, Valquíria Souza Teixeira, e seu subordinado imediato, o delegado Sérgio Menezes, responsável pela investigação do dossiê sobre os gastos reservados do governo Fernando Henrique Cardoso, deixavam os cargos.
Menezes não compareceu à cerimônia. Ele foi ao Palácio do Planalto para buscar informações sobre a entrada e saída de pessoas na Casa Civil. Os dados o ajudarão a investigar a suspeita de que uma pessoa entrou no palácio, pegou o dossiê e o divulgou em seguida. Essa possibilidade foi aventada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Tarso se recusou a comentar o andamento das investigações. Sobre dossiê, só digo um coisa: deixa o homem (o delegado) trabalhar.