PF e Receita em combate ao contrabando

19 de dezembro de 2007 12:48

Cerca de 200 policiais federais e 56 auditores fiscais da Receita federal do Brasil iniciaram na manhã desta quarta-feira, 19, a Operação Al Capone, visando coibir um esquema de liberação de produtos importados, como brinquedos, bebidas, perfumes e roupas, sem o recolhimento de impostos.

Os 21 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão serão cumpridos nos Estados do Ceará, São Paulo e Pará. De acordo com a PF, 9 mandados de prisão serão efetuados no Ceará, seis em são Paulo e seis no Pará. Entre os mandados de busca e apreensão, 15 serão cumpridos no Ceará, nove no Pará e 15 em São Paulo.

Segundo as investigações da Receita, a bebida ilegal, principalmente uísque da marca Johnnie Walker, chegava ao Brasil por duas rotas. Uma parte vinha do Suriname, entrava no Brasil pela foz do Rio Amazonas até Abaetetuba, a cerca de 80 quilômetros de Belém. De lá, era distribuída no mercado interno, principalmente na região nordeste, camuflada em caminhões carregados de produtos como madeira.

Outra rota de entrada identificada nas investigações tinha origem no Paraguai, via Foz do Iguaçu, de onde era distribuída para o mercado da região sudeste, principalmente São Paulo. Para dar aparência de legalidade à comercialização interna das bebidas, os distribuidores utilizavam-se de selos fiscais, rótulos e contra rótulos falsos, obtidos em indústrias gráficas de São Paulo.

A operação Al Capone foi batizada em alusão ao gângster que comandou o contrabando em Chicago, nos Estados Unidos, durante a vigência da Lei Seca, que proibia o comércio de bebidas alcoólicas.

Eletrônicos e Informática
No curso das investigações, foi detectado também um esquema de contrabando de produtos eletrônicos e de material de informática, procedentes de Miami, Estados Unidos, com destino a Fortaleza, Manaus e Belém.

A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal já haviam realizado operação conjunta no Aeroporto de Fortaleza em janeiro, quando foram apreendidos cerca de 450 quilos em mercadorias como notebooks e microprocessadores, avaliadas em mais de R$ 300 mil.