PF e Receita Federal promovem operação padrão nas fronteiras e aduanas

24 de novembro de 2011 11:36

Delegados, peritos e auditores-fiscais da Receita Federal, além de agentes e servidores administrativos da Polícia Federal (PF) farão uma operação padrão nas regiões de fronteira e aduana amanhã (24).

Os servidores reivindicam, principalmente, sobre a implantação do adicional de fronteira e de difícil provimento. A operação padrão alcançará todos os postos de fronteira e bases fluviais instaladas em rios estratégicos que cortam a Amazônia, vindos de países vizinhos.

O adicional do salário aos policiais que trabalham nas fronteiras faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras, lançado em junho pela presidenta Dilma Rousseff. O plano também prevê duplicação do efetivo operacional e melhoria das instalações. No entanto, o  Ministério da Justiça informou que a maioria das ações só começará em 2012.

Em resposta à operação-padrão, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que, apesar dos problemas causados pelo ajuste fiscal e pela crise mundial, o governo manterá em 2012, sem cortes, o calendário de investimentos em segurança pública e no Plano Estratégico de Fronteira em 2012. Isso inclui realização de concursos para contratação de mais de 3,9 mil pessoas nas Polícias Federal e Rodoviária, melhorias nas instalações físicas e pagamento da gratificação prometida aos policiais que atuam na fronteira.

"O plano prevê ações de longo prazo até 2014. O calendário está em dia e novos investimentos serão feitos nos próximos anos", garantiu Cardozo, para quem "o governo segue firme no plano de fronteiras, que tem sido um êxito, uma vitória". Ele disse que o adicional de fronteira está aprovado, mas esbarrou em problemas legais porque a remuneração da PF é por subsídio, que legalmente não permite gratificação de nenhum tipo.

Cardozo advertiu que, embora respeite a manifestação de servidores, a fronteira é região de relevante interesse da segurança nacional e o governo não vai permitir que o policiamento seja prejudicado por rebeliões.

Após três anos sem aumentar o quadro, a PF abrirá uma nova temporada de concursos em 2012 para contratação de 1.300 pessoas. A primeira turma, de 650 policiais, será incorporada ainda em 2012, após seis meses de treinamento na Academia Nacional do órgão, em Brasília. Os demais, em 2013.