PF e Receita investigam a apreensão de roupas em MS

11 de setembro de 2007 14:14

A informação é da assessoria de comunicação da PF do Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), abordaram o caminhão Mercedez Benz LS 1938, placas HRO-6602, de Ladário/MS, conduzido pelo motorista S.M.A., 32, em companhia de seu irmão, J.M.A., 24, na BR-262, no município de Miranda.

Ao verificarem os sacos de estopa, notaram que o carregamento, aparentemente, era bem maior do que as 27.960 peças constadas na nota fiscal, cuja natureza fiscal é de importação, endereçada à empresa Sprint Comércio de Bijouterias Ltda. Entre as confecções, estavam camisas, shorts e peças íntimas.

A Gazeta verificou junto à Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp/Limeira), que a Sprint está domiciliada em Limeira desde 1999. Entretanto, a empresa não é cadastrada nos sindicatos e entidades do setor indicado em seu nome, como o Sindijóias, Sindibiju, nem a Associação Limeirense de Jóias (ALJ). A reportagem questionou a PF sobre a possibilidade de a empresa atuar como laranja, mas o órgão não forneceu informações a respeito da investigação.

Segundo a PF, o motorista alegou que não sabia o que transportava e que havia passado pela aduana na fronteira com a nota fiscal referida. O irmão também alegou inocência, mas a PF determinou a prisão em flagrante da dupla, que está detida em Campo Grande/MS. O caminhão está no pátio do posto da PRF em Terenos.

De acordo com informações da mídia local, a nota endereçada à Sprint era no valor de R$ 36,6 mil e chegou a ser carimbada pela Receita Federal. O número da nota, 53, levantou a suspeita de que a empresa estaria iniciando atividades, mas a informação da Jucesp de que a Sprint foi fundada em 1999 torna o caso mais obscuro. A assessoria da PF não confirmou os valores.

RECORDE

A PF já tomou os depoimentos da dupla, mas com poucas revelações. Linha adotada pela Polícia Rodoviária, relatada na edição de domingo da Gazeta, é de que a carga teria sido comprada por meio de um consórcio formado por comerciantes de Limeira.

Segundo a mídia local, foi a maior apreensão de roupas do Mato Grosso do Sul – um registro, em 2002, era de 200 mil peças. A PF informou que a Receita Federal está, como de costume, investigando a sonegação. A dupla pode ser enquadrada por crime de descaminho, importação sem pagamento de impostos. A pena de reclusão, conforme o Código Penal, é de 1 a 4 anos. A Seccional de Limeira, até o final da tarde de ontem, não havia recebido comunicação sobre a ocorrência. De acordo com o delegado Aparecido Capello, a responsabilidade do caso é restrito à Polícia Federal. (RS)

Veja em Gazeta de Limeira