PF flagra Kia em conversa polêmica
Em uma das conversas, Kia fala para o empresário que intermediou a parceria da MSI com o Corinthians, Renato Duprat, para fazer um pacotão de nove jogadores corintianos e transferi-los para o Ituano.
Kia, que está há mais de um ano fora do Brasil e atualmente mora em Londres, ordena que Duprat faça uma parceria rápida com o clube do interior paulista, para, então, “terminar a co-administração” com o Corinthians.
– Primeiro, termina a situação de lavagem de dinheiro. Tira Carlos Alberto, (Marcelo) Mattos, Ratinho, Willian, Lulinha, mais um… Dentinho, Kadu, Zelão e Everton Santos . E aí acabou! Faz uma parceria rápida com o Ituano, e acabou a co-adminstração – decretou Kia.
Destes jogadores citados, nenhum foi para o Ituano. Carlos Alberto, Marcelo Mattos, Ratinho e Willian foram negociados com o futebol europeu. Zelão, Kadu, Everton Santos, Lulinha e Dentinho seguem no Parque São Jorge. Destes, Lulinha e Dentinho foram formados nas divisões de base do Corinthians e os outros três eram do Bragantino e foram contratados.
A diretoria do clube do Ituano admitiu que foi procurada, mas que as negociações não foram adiante.
O advogado de Renato Duprat, Adriano Sales, defende seu cliente afirmando que ele foi apenas o intermediário entre o Corinthians e Kia. Sales garante que seu cliente nunca soube de como o dinheiro entrava no clube e que não ganhou qualquer tipo de comissão em nenhuma transferência de jogador.
O presidente licenciado do Corinthians, Alberto Dulib, disse considerar que as escutas telefônicas da Polícia Federal não serviram de prova contra ele. O dirigente também foi flagrado em conversas comprometedoras, reveladas pela edição de domingo da Folha de S Paulo.
– Posso falar que o que me aconteceu é desagradável, como esse negócio de escuta telefônica. No telefone, 95% do que se fala não acontece e isso não serve de prova. No telefone, todo mundo fala tudo – argumentou Dualib.
As escutas também revelam indícios de evasão de divisas. As gravações mostram que os meias Carlos Alberto e Ricardinho receberam salários em contas no exterior.
Com agências