PF identifica braço da máfia chinesa na operação Poseidon
RIO – Responsáveis pela deflagração na manhã desta quarta-feira da Operação Poseidon (na mitologia grega, deus dos mares, figura mitológica) policiais federais encontraram indícios de participação da máfia chinesa no grande esquema de pagamento de propina para a entrada de contrabando pelos portos do Rio com destino ao comércio ilegal em São Paulo.
Segundo explicaram policiais federais, um grupo liderado por um policial federal licenciado fazia a escolta dos caminhões com mercadorias contrabandeadas até São Paulo. Oito pessoas suspeitas de envolvimento no esquema foram presas. O grupo agia nos Portos do estado do Rio. Três auditores fiscais da Receita Federal, dois despachantes aduaneiros, um guarda portuário e dois empresários foram detidos. Além disso, os agentes da PF cumpriram 24 mandados de busca e apreensão.
Segundo a polícia, os investigados são acusados de terem dado um prejuízo de dezenas de milhões de reais aos cofres públicos em sonegação de impostos. Eles também seriam responsáveis pelo contrabando de centenas de toneladas de mercadorias falsificadas que abasteceriam o comércio verejista de São Paulo.
A investigação foi realizada pela Superintendência Regional de Policia Federal no estado do Rio de Janeiro e conduzida pela Delegacia de Combate a Crimes Fazendários (Delefaz) e pela Delegacia Especial de Polícia Marítima (Depom) com o apoio da Receita Federal.
Em quase um ano de trabalho para identificar e prender os responsáveis pela quadrilha, os policiais federais do Rio fotografaram e filmaram o transporte de mercadorias por caminhões até seu destino. Também apreenderam R$ 170 mil em dinheiro de propina que supostamente seria entregue a um auditor fiscal do Rio.
A operação contou com a participação de cerca de 200 policiais e foi acompanhada pelo setor de Inteligência e da Corregedoria da Receita Federal.
Fonte: O Globo