PF indicia Adeildda por corrupção no caso da quebra de sigilo dos tucanos
SÃO PAULO. A funcionária do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) emprestada à Receita Federal de Mauá Adeildda Ferreira Leão
dos Santos foi indicada hoje pela Polícia Federal no inquérito que apura a quebra de sigilos fiscais de pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra.
Segundo o "Jornal Nacional", da Rede Globo, Adeildda admitiu em depoimento ontem que vendia os dados fiscais de contribuintes. Ele afirmou que a motivação da venda era financeira e não política. A servidora disse que recebia a partir de R$ 100 por acesso realizado. Ela foi indiciada pelo crime de corrupção passiva.
Foi do computador de Adeildda na agência da Receita Federal em Mauá que foram acessados no dia 8 de outubro de 2009 os dados fiscais de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB, do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira e de Gregório Preciado, casado com uma prima de Serra.
A servidora já havia tido o seu sigilo telefõnico quebrado na investigação da Polícia Federal. Ela vinha negado participação no caso e afirmara anteriormente que no momento em que os dados fiscais foram acessados estava almoçando com o marido. Ela dizia que costumava deixar o seu computador ligado. A Receita já tinha devolvido Adeildda para a Serpro.
Na quinta-feira, o advogado de Verônica Serra, filha de Serra, Sérgio Rosenthal, havia afirmado que o delegado Hugo Uruguai, responsável pelo inquérito, havia dado indícios que também indiciaria o suposto contador Antênio Carlos Atella Ferreira, filiado ao PT. Em setembro de 2009, Atella apresentou procurações fal-
sas na agência da Receita Federal em Mauá para ter acesso aos dados fiscais de Verônica e de seu marido, Alexandre Bourgeois.
Fonte: O Globo