PF indicia mais um ex-dirigente da Petrobrás na Operação Lava-Jato

2 de setembro de 2016 14:58

A investigação coordenada pela Delegada Federal Renata da Silva Rodrigues resultou no indiciamento, pela a Polícia Federal, o ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobrás Roberto Gonçalves por corrupção, fraude à licitação e organização criminosa na Operação Lava Jato. 

 

Segundo noticiou o jornal Estado de S. Paulo, esta sexta-feira (02/09), a investigação aponta que Roberto Gonçalves teria recebido “vantagens indevidas pagas pelo Consórcio TUC (representado pela UTC Engenharia), relativas ao contrato da Central de Utilidades do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)”.

 

Gonçalves é mais um dos vários líderes da empresa estatal levados ao banco dos réus pela Lava Jato, como é o caso dos ex-diretores Nestor Cerveró, Renato Duque e Paulo Roberto Costa. Além do gerente executivo, foram indiciados o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, e o ex-dirigente da empreiteira Walmir Pinheiro Santana por corrupção, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa. Ambos são delatores do esquema de corrupção e propinas instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014.

 

De acordo com o relatório da Delegada Federal Renata Rodrigues, evidências demonstram "que de fato a UTC possuía uma estrutura que permitiu a realização de pagamentos em espécie a agentes públicos, e que serviu a realização dos pagamentos a Roberto Gonçalves, efetivados por Ricardo Pessoa como contrapartida pela atuação de Gonçalves no contrato do Comperj”. O documento aponta ainda quatro indícios de que houve pagamento de vantagem indevida a Roberto Gonçalves.

 

Segundo o despacho de indiciamento, há também declarações de colaboradores no sentido de que Roberto Gonçalves teria recebido vantagens indevidas relativas a contratos da Sete Brasil com os estaleiros Keppel Fels e Jurong por meio dos operadores Zwi Skornicki e Guilherme Esteves.

 

Leia a íntegra da reportagem do Estadão: http://zip.net/bvtsmX