PF marca para depois das eleições depoimentos de filhos de Erenice

1 de outubro de 2010 10:02

A Polícia Federal marcou para a próxima terça-feira (5), dois dias após o primeiro turno das eleições, o depoimento de Israel e de Saulo Guerra, filhos da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, no inquérito que investiga denúncias de suposto tráfico de influência no governo federal.

Proprietário da Capital Consultoria e Assessoria, Saulo deve depor por volta de 9h. Já Israel se apresenta ao delegado por volta de 14h. Os irmãos Guerra estão no centro de denúncias de tráfico de influência ocorrido no período em que a mãe deles foi secretária-executiva e depois ministra-chefe da Casa Civil.

A empresa de Saulo, da qual Israel era representante, utilizaria o posto estratégico de Erenice no governo para facilitar a negociação de contratos públicos com empresas privadas. Desde que o caso foi revelado, a ex-ministra sempre negou participação em irregularidades.

Segundo a PF, desde o começo da semana o órgão tenta localizar os irmãos Guerra para prestar esclarecimentos. O delegado que comanda a investigação, Ruberval Vicalvi, afirmou que chegou a estudar a possibilidade de solicitar à Justiça a concessão de mandado de condução coercitiva, caso não conseguisse intimar os filhos de Erenice.

Na manhã desta quarta, um dos advogados do escritório que defende Israel foi até a Superintendência da PF em Brasília e entregou um documento no qual afirmava que os irmãos Guerra estavam fora da capital, mas que a partir do dia 2 de outubro estariam disponíveis para prestar depoimento. Empresários que teriam iniciado negociações com a empresa dos irmãos Guerra já foram ouvidos pela PF.

Até esta quarta, prestaram depoimento à PF diferentes personagens denunciados por suposto envolvimento com os negócios dos irmãos Guerra. O ex-assessor da Casa Civil Vinícius Castro e a mãe dele, Sônia Castro, compareceram à superintendência da PF nesta quarta, mas utilizaram o direito de permanecer calados. Sônia aparece como sócia da Capital, ao lado de Saulo Guerra, e Vinicius aparece nas denúncias como suposto parceiro de Israel nas negociações.

 

Fonte: G1