PF prende 5 por venda de remédios pela Internet
Rio – A Polícia Federal (PF) prendeu ontem em flagrante 5 pessoas que vendiam medicamentos pela Internet ilegalmente. A Operação Panaceia, em parceria com a Polícia Internacional (Interpol), também apreendeu 15 mil comprimidos de remédios contrabandeados, proibidos e falsificados. Entre eles, havia medicamentos abortivos, antidepressivos e anabolizantes.
Um preso se passava por médico. Ao todo, foram cumpridos 20 mandados prisão e busca e apreensão em 8 estados: Rio de Janeiro, Paraíba, Paraná, Minas Gerais, Ceará, São Paulo, Santa Catarina e Maranhão. A Interpol já havia coordenado ações semelhantes em mais 44 países, com apreensão total de mais de 1 milhão de comprimidos.
No Brasil, a PF teve apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. As quadrilhas desbaratadas anunciavam os produtos em classificados de jornais e pela Internet, utilizando-se até de redes de relacionamento.
Segundo o delegado que comandou a operação em território brasileiro, Elmer Coelho, foram investigados 61 endereços na Internet, 54 no Brasil e sete no exterior. Todos anunciavam venda direta para o Brasil. O delegado alerta que os consumidores também poderão ser responsabilizados criminalmente.
“A maioria das pessoas que compram esses medicamentos pela Internet tem consciência de que a venda é ilegal, já que esses medicamentos ou não têm a venda permitida ou precisam de uma receita especial, que não é cobrada por esses sites”, explicou Coelho.
O próximo passo da Operação Panaceia será investigar a origem desses medicamentos. As pessoas presas pela PF, se condenadas pela Justiça, podem pegar, no mínimo, 10 anos de prisão, já que a venda de medicamentos sem licença ou adulterados é considerada crime hediondo e, portanto, inafiançável.
76 presos em ações no mundo todo
Nos 45 países em que as operações para coibir o comércio ilegal de medicamentos foram realizadas, ao todo 76 pessoas foram presas em flagrante. No exterior, a operação é chamada Pangeia III.
A PF e a Interpol investigam também estelionato. Segundo os sete meses de apurações até agora, cerca de 44% dos produtos encomendados pela Internet não eram entregues aos consumidores. Segundo a Polícia Federal, será feita solicitação para fechamento dos sites.
Fonte: O Dia Online