PF prende mais um secretário municipal de Ribeirão Preto
Na manhã desta segunda-feira (12/09), a Polícia Federal prendeu preventivamente o secretário da Casa Civil de Ribeirão Preto (SP), Layr Luchesi Junior, por suposto envolvimento com as ilegalidades descobertas pela Operação Sevandija, coordenada pelo Delegado Federal Flávio Vietez Reis. A notícia foi divulgada hoje (12/09) pelo jornal Folha de S. Paulo (http://zip.net/bpts3P).
Luchesi é o terceiro secretário da prefeita Dárcy Vera (PSD) preso na investigação da Polícia Federal. Os outros dois são Ângelo Invernizzi (Educação) e Marco Antônio dos Santos (Administração). Santos também foi levado hoje à sede da PF em Ribeirão Preto. Ele e Luchesi formavam o núcleo duro do governo de Dárcy e estavam na administração desde o início do primeiro mandato da prefeita, em 2009.
No total, 14 pessoas já foram presas na operação – quatro delas foram soltas na noite de sexta-feira (09/09) – e nove vereadores tiveram os mandatos suspensos pela Justiça. Há um mês da disputa eleitoral em Ribeirão, candidatos à prefeitura estão com os nomes envolvidos na maior operação contra a corrupção da história da cidade e a Câmara encontra-se esfacelada com o afastamento de nove de seus vereadores —cinco deles ficaram entre os dez mais votados em 2012. Eles podem prosseguir com suas campanhas à reeleição, mas os partidos temem que haja desgaste e isso reflita nos votos das coligações nas urnas, noticiou o jornal Folha de S. Paulo, no domingo (11/09), (http://zip.net/bftskz).
Paralisia
A quatro meses do fim, o governo da prefeita Dárcy Vera enfrenta uma 'paralisia', como o nome da Operação Sevandija, coordenada pelo Delegado Flávio Reis, indica. Ela já perdeu três secretários presos na operação, que também levou à cadeia dois advogados, dois funcionários da Coderp, um do Daerp (água e esgoto), Plastino e funcionários da Atmosphera. A prefeitura rompeu o contrato com a empresa, o que resultou em 589 empregados cumprindo aviso prévio. A prefeita de Ribeirão Preto não comentou a operação que devastou seu governo. Sua defesa tem afirmado apenas que ela é a "maior interessada" no esclarecimento dos fatos.
A investigação do esquema começou em 2015, com uma licitação suspeita de R$ 26 milhões para a aquisição de catracas para escolas, mas o montante fraudado chega a R$ 203 milhões, segundo a operação da Polícia Federal.