PF quer prorrogar prisão de Maia
Maia é acusado de corrupção passiva na Operação Hígia, deflagrada na sexta-feira (13) pela PF, que desbaratou uma quadrilha que desviava recursos federais e estaduais na área de saúde.
Os cinco dias previstos no primeiro mandado se expiram hoje, mas os sinais de que Lauro possa permanecer preso foram dados no final da tarde de ontem pelo desembargador Vladimir de Souza Carvalho ao negar a concessão de liminar em habeas corpus impetrado pelo advogado do acusado, Erick Pereira.
No despacho, o desembargador diz ter enxergado fortes indícios apontando que Lauro Maia exerceu “papel de destaque” na organização criminosa que se especializou em fraudar licitações para desviar recursos públicos do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde. Em três anos, segundo a Polícia Federal, o grupo atuou em programas de saúde pública que consumiram mais de R$ 36 milhões. Empresários prestadores de serviços de limpeza e fornecimento de mão-de-obra se uniram a funcionários corruptos para falsificar documentos, simular concorrência e assim vencer licitações.
Lauro Maia, que trabalha como assessor parlamentar do pai, o deputado estadual Lavoisier Maia, segundo a Polícia Federal, chegou a usar a residência oficial da mãe, a governadora Wilma Faria, para receber uma parte da propina paga pelos empresários. Policiais acompanharam e documentaram o trajeto de uma pasta com R$ 39.900,00, entregue pelo dono de uma das empresas, a Líder, em João Pessoa (PB) e repassada pelo secretário-adjunto de Esporte e Lazer do governo estadual, João Henrique Bahia Neto, a Lauro. Em nota distribuída por sua assessoria, a governadora refutou a acusação, negando que a residência oficial tenha sido usado.