PF realiza 40ª fase da Lava Jato com quatro mandados de prisão
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (4/5), a 40ª fase da Operação Lava Jato. Coordenada pelo Delegado Federal Igor Romário, a nova fase foi batizada de Operação Asfixia. Foram executados 16 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
A ação tem como alvo empresas e seus respectivos sócios que, segundo os investigadores, operavam um esquema de repasses ilegais de empreiteiras para funcionários da Petrobras, com o propósito de obter em troca contratos com a estatal. Os suspeitos teriam recebido mais de R$ 100 milhões em propinas das construtoras.
Entre os presos, estão Márcio de Almeida Ferreira, Marivaldo do Rozário Escalfone e Paulo Gomes Fernandes, ex-gerentes da Petrobras. O outro alvo de mandado de prisão seria uma mulher identificada até agora como Joelma. O nome da fase Asfixia é uma referência à tentativa de cessar as fraudes e o desvio de recursos públicos em áreas da Petrobras destinadas à produção, distribuição e comercialização de gás combustível.
Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, entre outros. Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
De acordo com as investigações, mediante o pagamento de vantagem indevida, os ex-gerentes agiam para beneficiar empreiteiras em contratos com a Petrobras, direcionando as licitações para as empresas que integravam o esquema.
Duas empresas de fachada intermediavam os pagamentos. Elas simulavam prestação de serviços de consultoria com as empreiteiras e repassavam as vantagens indevidas para os agentes públicos corruptos por três formas: pagamentos em espécie, transferências para contas na Suíça e pagamento de despesas pessoais dos ex-gerentes.
As apurações se basearam em provas obtidas por meio de quebras de sigilo telemático, bancário e fiscal dos envolvidos, como também pelos depoimentos de outros ex-gerentes da Petrobras e empreiteiros que firmaram colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
Os criminosos colaboradores relataram ainda que os pagamentos de propina prosseguiram até junho de 2016, mesmo após a deflagração da Lava Jato e a saída dos empregados de seus cargos na Petrobras.
Dentre esses, destaca-se o depoimento de Edison Krummenauer, ex-gerente de empreendimentos da área de Gás e Energia da estatal petrolífera, que reconheceu ter recebido aproximadamente R$ 15 milhões de propina nesse esquema.
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