Planalto quer ponto final no caso

13 de agosto de 2007 09:17

O Palácio do Planalto cobra pressa para facilitar a aprovação da emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Os líderes governistas e de partidos da base avaliam que só haverá condições de reunir o mínimo de 49 votos para aprovar o chamado imposto do cheque se os aliados conseguirem, antes, pacificar o ambiente político e pôr um ponto final na crise, sem melindrar o PMDB de Renan.

O governo vai ter que arrumar o Senado se quiser aprovar a CPMF. Da forma que o governo quer, a oposição não aceita , diz o senador Sérgio Guerra (PE) a respeito do desejo da União de não partilhar os recursos da CPMF com Estados e municípios.

Nos cálculos do Planalto, a solução mais simples para superar a crise é a permanência de Renan na presidência. O governo sabe que a sucessão no comando do Senado abriria uma disputa interna no PMDB, rachando o maior partido de sua base de apoio.

Esse cenário é inconveniente porque as seqüelas do racha fatalmente comprometeriam a aprovação da CPMF.

Amanhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deve rejeitar, por acordo, o substitutivo do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que prevê a partilha da CPMF com governadores e prefeitos.

ENTENDIMENTO

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), afirma que já há entendimento no Conselho de Ética para votar logo o processo contra Renan, independentemente do resultado da perícia.

O apelo geral é para votar logo. Ninguém agüenta mais. A demora é ruim para o País, para o Congresso, para o governo, que já começou a ter dificuldade em votações , argumenta o senador Raupp.